quinta-feira, 28 de março de 2024

Meios de comunicação: saiba como escolher

 


Na hora de pensar na estratégia de comunicação da ONG é preciso saber em qual formato, o meio e o veículo que serão usados para a transmissão de uma mensagem. Para ajudar nessa escolha, considere também o objetivo, o público e o orçamento da instituição. Mas o que são os canais, os meios e os veículos de comunicação?

Os canais de comunicação se referem à forma como a mensagem será transmitida ao público. Eles podem ser impressos, eletrônicos ou digitais.

Os meios de comunicação dizem respeito às ferramentas que serão utilizadas conforme o canal escolhido. Eles podem ser jornal, rádio, internet, por exemplo.

Os veículos de comunicação são as empresas responsáveis por divulgar as mensagens produzidas pelos meios. Eles podem ser, por exemplo, as emissoras de rádio e TV, as editoras de jornais e revistas ou os portais de notícias.

Ao iniciar o processo de escolha dos meios de comunicação, é preciso conhecer primeiro o público-alvo que a ONG deseja alcançar com determinada mensagem. A partir das informações desse público, é possível definir o canal mais adequado e a linguagem certa para elaborar uma mensagem eficaz. Após a escolha do canal, deve-se listar os meios de comunicação mais adequados de acordo com as características do público. A escolha do veículo vai depender do orçamento disponível, além dos objetivos da comunicação e do público a ser alcançado. Por isso, a escolha deve ser feita, também, considerando a causa que a ONG defende, além da importância, a credibilidade e os assuntos que interessam ao veículo. Assim, com as escolhas corretas do canal, meio e veículo, são grandes as chances de um plano de comunicação da ONG ser um sucesso.

Quer saber como colocar em prática o que você acabou de ler? Entre em contato e tenha resultados significativos para sua ONG!

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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

3 dicas para uma boa comunicação na sua ONG

 


A comunicação é a habilidade mais importante em um profissional, pois ela cria conexões entre as pessoas, gerando vínculos de confiança entre elas e uma equipe.
Há quem diga que a comunicação é um dom e que algumas pessoas já nascem falando bem. Na verdade, essas pessoas estudam, treinam, praticam e são expostas a diversas situações que fazem a habilidade em comunicar parecer algo natural.
Por isso, essas habilidades comportamentais são tão importantes quanto as técnicas empregadas para se realizar um determinado trabalho.

Em matéria publicada na revista Você RH, Vivian Rio Stella, idealizadora da VRS Academy e professora de Comunicação da Faculdade Cásper Líbero e da FIA Business School elencou três práticas estratégicas de comunicação assertiva para companhias interessadas na boa troca de informações, que podem ser aproveitadas para as organizações do Terceiro Setor. Confira.

1) Combine os canais adequados

Slack, Teams, Meet, Zoom, WhatsApp, chamada telefônica. As ferramentas de comunicação à distância são tantas que ficou confuso saber qual usar. Alguém envia um e-mail, na sequência manda um WhatsApp e escreve uma mensagem no chat. Por onde o interlocutor responde? “Essa sobreposição de canais causa um desencontro de informações e dificulta a criação de um histórico da conversa”, afirma a professora. É importante sinalizar ao funcionário para que serve cada ferramenta.

2) Fale, mas também ouça

Escuta é o substantivo da moda. “Com tantas reuniões, e-mails e mensagens, a gente acha que já se comunica bastante, quando na verdade só transmite conteúdo. Comunicação não é só falar, mas também escutar. Só assim é possível construir relações de confiança”, afirma Vivian.

3) Seja direto e sucinto

O trabalho remoto dificultou a vida dos prolixos. As reuniões, que duravam 1h30, sendo meia hora de cafezinho e bate-papo, agora levam 30 minutos. E as pessoas estão mais desatentas na tela. Na interação online, é tentador abrir uma aba no computador e passear pelo Instagram enquanto o colega da fala arrastada dá voltas e voltas sem chegar a lugar nenhum. Antes de dizer algo, uma boa prática é refletir: qual conteúdo é sintético e, ao mesmo tempo, relevante para o outro?


Então, gostou das dicas acima? Gostaria de sugerir mais alguma? Precisa de ajuda na equipe de Comunicação da sua ONG? Entre em contato!


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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Calendário: instrumento essencial para guiar as ações de comunicação


Programar, fazer projetos, marcar datas importantes, colocar tudo em um calendário é fundamental para se organizar. Ele te ajuda a ter um olhar mais atencioso sobre seu trabalho e, com um bom acompanhamento, garantir que tudo ocorra dentro do que foi previsto.

O responsável pela Comunicação da ONG (ou a equipe, para aquelas que têm a possibilidade de ter uma) sente-se mais seguro quanto ao planejamento das ações que ele deve colocar em prática. Além deste profissional, toda a equipe da ONG deve ter conhecimento dos marcos e datas consideradas importantes para a organização. Por isso, comunicar aos voluntários, aos parceiros e aos beneficiários é muito importante para que as ações planejadas possam acontecer.

O calendário promove a integração da equipe e reforça os principais temas estratégicos da ONG. São momentos para celebrar os valores e reafirmar os rumos e compromissos da organização. Devem ser dedicadas datas com temas de interesse da ONG. O cumprimento do calendário consolida sua trajetória rumo ao seu sucesso.

Seja em um calendário físico ou online, antes de criar o seu, lembre-se que estamos em um ano bissexto, ou seja, um ano com 366 dias, o que requer uma atenção com as datas no momento de planejar as ações da sua organização.

A sugestão mais prática é aproveitar o calendário do Google ou até mesmo a planilha do Excel, neste último caso, o processo de criação se torna mais demorado, uma vez que você terá que criar e formatar cada mês do ano com suas respectivas datas e dias de semana com chance zero de erro. Porém, também tem a opção de encontrar calendários pré-definidos pela internet e formatá-los de acordo com os critérios da sua ONG.

Sendo assim, a melhor opção é o calendário do Google, que permite atualização em tempo real, compartilhamento entre qualquer pessoa que tenha uma conta no Gmail e, no caso de reuniões online, aproveitar para enviar convites por lá mesmo com lembretes. Em caso de eventos presenciais, também é possível colocar a localização sincronizada com o Google Maps. Viu as vantagens?

No entanto, tudo vai depender de como os integrantes da ONG se comunicam, porque não vai adiantar nada usar ferramentas online se a maioria da equipe ainda prioriza o calendário de mesa ou as folhinhas de parede. Sugestão? Crie o calendário online e compartilhe com toda a equipe. Imprima mensalmente (nenhum projeto é engessado e alguns imprevistos podem acontecer) e coloque em um local visível para que todos possam ter conhecimento.

Defina quantas ações ou eventos a ONG irá realizar durante o ano, considerando os feriados tradicionais (lembre-se que algumas organizações aproveitam essas datas para realizar eventos importantes dentro do tema celebrado). Seja realista, pois o número de ações vai depender de tempo, recursos materiais e financeiros, e de pessoas disponíveis e comprometidas.

Considere os calendários dos parceiros de seu projeto. Por exemplo, caso sua ONG tenha patrocínio, é importante ajustar o seu calendário ao cronograma do patrocinador para não correr algum risco por falta de descuido ao final da prestação de contas. No caso de apoiadores, principalmente aqueles que a ONG já tem um vínculo mais estreito, avalie o que é mais benéfico para ambos e integre de forma natural ao calendário. Lembre-se de incluir as rotinas administrativas para não sobrepor ações e eventos, comprometendo todo o planejamento. Também, preveja em seu calendário datas para planejar, mobilizar recursos, executar e avaliar cada ação ou evento. Uma outra dica é fazer uso de cores para cada assunto. Por exemplo, azul para reuniões mensais, amarelo para eventos, cinza para atividades rotineiras e o que mais for adequado para sua ONG.

Ainda está com dificuldades? Precisa de alguma orientação? Entre em contato!



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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Jornalismo no Terceiro Setor: uma experiência de sucesso

Diego Sanches é jornalista formado pela Unigranrio, em Duque de Caxias. / Divulgação



“Jornalismo não é simplesmente uma técnica. Tampouco é mera emissão de opiniões. Trata-se de uma ciência, cujo ensino universitário proporciona a formação de profissionais críticos, conscientes do seu papel social, comprometidos com a ética e com o entendimento acerca do poder da informação.”

A avaliação acima é dos participantes da live “PEC do Diploma: uma necessidade para garantir a excelência na informação”, realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Paraíba e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).


Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma de nível superior específico em jornalismo para o exercício da profissão no Brasil. No entanto, empresas de comunicação, estatais, setores privados e o terceiro setor (mesmo que de forma tímida) ainda preferem contratar profissionais formados na área.


Diego Sanches é formado em Jornalismo pela Unigranrio, possui MBA em Marketing de Redes Sociais e, atualmente, é supervisor de Comunicação na Agência do Bem, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP).

Durante a formação, teve a oportunidade de trabalhar como freelancer na página de conteúdo geek, Somos Mesclados.com, atuando como redator e repórter em eventos do universo geek. Iniciou a carreira profissional como produtor de TV na rede Globo e na RIT TV, onde aprendeu a lidar com os desafios da produção audiovisual e aprimorar habilidades de coordenação de equipe.

Atuou como produtor de podcast e social media na Lions Seminovos e, posteriormente, como social media na Xtreme Agência. Hoje, na Agência do Bem, colabora com estratégias para promover causas sociais e gerar impacto positivo por meio da comunicação.


Gecom: O que o motivou a se formar em Jornalismo?

Diego Sanches: Desde pequeno, eu sempre fui obcecado em ler e em falar, tanto que uma das melhores memórias da minha infância era eu sendo narrador em peças no colégio. A paixão pelo jornalismo começou quando meu pai começou a trazer para mim os jornais, mostrando-me outro lado da comunicação que eu não conhecia. No ensino fundamental, dois professores me motivaram muito a seguir a área da comunicação, e foi nesse momento que me apaixonei pelo jornalismo.


Gecom: Em sua opinião, como a formação acadêmica na área de jornalismo pode colaborar para o profissionalismo da Comunicação no Terceiro Setor?

Diego Sanches: A comunicação é uma ferramenta essencial para o trabalho no terceiro setor, e a formação em jornalismo proporciona uma visão mais ampliada. Costumo dizer que a função do jornalista é mudar vidas, e o jornalismo do terceiro setor é a personificação dessa mudança.


Em sua trajetória como jornalista, Diego adquiriu experiências na produção audiovisual, mídias socias e coordenação de equipe, contribuindo para o terceiro setor. / Divulgação



Gecom: Enquanto morador de Duque de Caxias, qual sua análise em relação à oferta e procura de cursos de graduação em Jornalismo na Baixada Fluminense?

Diego Sanches: Infelizmente, hoje em dia, não há mais faculdades presenciais de jornalismo em Duque de Caxias. A última era a Unigranrio, onde me formei, porém a portaria de comunicação foi encerrada. Nascido e sendo morador da Baixada Fluminense, sinto uma tristeza imensa em ver que não há mais cursos de jornalismo em Caxias.


Gecom: Conte um pouco sobre seu trabalho na área de Comunicação na Agência do Bem.

Diego Sanches: Minha relação com projetos sociais vem desde 2015, quando entrei em um grupo chamado Mídia Força Jovem Universal (Mídia FJU). Neste grupo, criei e produzi conteúdos para atender jovens e adultos que lidavam com problemas de depressão, ansiedade e pensamentos lesivos. Até hoje, faço parte deste projeto e me orgulho muito de ser um dos mais antigos. Na Agência do Bem, tenho a oportunidade e o privilégio de trabalhar com a educação musical para crianças e jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro, através das Escolas de Música e Cidadania. Também trabalho na Rede do Bem, projeto que auxilia outros projetos sociais. Sinto muito orgulho, pois desde o início da minha caminhada para ser um jornalista, meu objetivo era mudar vidas através do meu trabalho. Hoje, posso dizer que meu objetivo está se concretizando cada dia mais.


Na Agência do Bem, Diego tem a oportunidade de mudar vidas por meio do jornalismo, auxiliando outros projetos sociais. / Divulgação




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terça-feira, 21 de novembro de 2023

A importância de um projeto de comunicação na formação acadêmica

 

Adilson Cabral é doutor e mestre em Comunicação Social  e idealizador da BemTV Produções Artísticas. / Divulgação 


A faculdade pode oferecer uma excelente oportunidade para criar projetos, tornando-os em produtos concretos fora do ambiente acadêmico.

Em Niterói, temos uma experiência com a BemTV Produções Artísticas, ONG que forma jovens comunicadores na região, criada pelo professor do Curso de Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa de Pós-graduação em Mídia e Cotidiano (PPGMC-UFF), Adilson Cabral.


Autor de livros e artigos em Políticas de Comunicação, com ênfase em Comunicação Comunitária, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas de comunicação, democratização da comunicação, apropriação social das TICs, comunicação comunitária e digitalização das comunicações, Adilson Cabral é doutor e mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), com pós-doutorado na Universidade Carlos III de Madrid (UC3M).


A seguir, confira como isso é possível.


Gecom: Qual a importância de estudar temas como política, cultura e comunicação para as mídias comunitárias e mídias independentes?

Adilson Cabral: Compreender melhores capacidades de atuação, em articulação com setores organizados da sociedade potencialmente mobilizadoras de expressões cidadãs. Importante compreender o papel da comunicação em sua expressão articuladora de culturas e mobilizadora por políticas.


Adilson Cabral acredita que a comunicação tem um papel importante na articulação de culturas e mobilização por políticas. / Divulgação



Gecom: Você é o criador da BemTV Produções Artísticas, que teve origem na faculdade e que hoje é uma ONG que forma comunicadores em Niterói. O que você recomenda aos estudantes de Jornalismo quando forem fazer um trabalho de conclusão de curso e desejam torná-lo em um projeto profissional?

Adilson Cabral: A BemTV não foi criada como projeto de TCC, mas de extensão, a partir de nossa mobilização como estudantes de comunicação, vindos de uma experiência de movimento estudantil e de contato com uma experiência de oficina popular de comunicação do Encontro Nacional de Estudantes, em São Luís do Maranhão. As recomendações estão aí: participe do que estiver ao alcance sempre, se inspire pelo que te motivar e procure viabilizar formas de fazer acontecer o que você acredita.


Gecom: Quais são os desafios acadêmicos para lecionar Jornalismo e quais as propostas sugeridas para resolver essas questões?

Adilson Cabral: Eu sou professor no Curso de Comunicação Social que conta atualmente com uma única habilitação, que é a de Publicidade e Propaganda, curso no qual me formei também (isso no século passado). Pela proximidade com colegas e conteúdos relacionados ao Jornalismo, mas também pela minha atuação no campo da Comunicação, compreendo que as dificuldades de se lecionar hoje Jornalismo estão relacionadas à credibilidade pela qual passam tanto o profissional quanto sua atividade, diante tanto do processo crônico de desinformação pelo qual passa a sociedade atualmente, como da própria incapacidade da indústria midiática em passar credibilidade em seus produtos jornalísticos.




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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Comunicação, educação e arte como ferramentas de boas mudanças

Victor Meirelles usa a comunicação, arte e educação como ferramentas no combate ao bullying, racismo, gordofobia, capacitismo e outros tipos de violência. / Divulgação


"Em favor de que estudo? Em favor de quem? Contra que estudo? Contra quem estudo?", as indagações de Paulo Freire, patrono da Educação no Brasil, descrita em seu livro "Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa", nos faz refletir sobre a impossibilidade de estudar por estudar. Somos sujeitos de nossa história, capazes de intervir na realidade e gerar saberes.

O arte-educador, pesquisador, jornalista e ativista cultural Victor Meirelles sabe disso e acredita no potencial do tripé arte-educação-comunicação como elementos de artivismo e boas mudanças.

Victor Meirelles é carioca da gema, cria do Complexo de Favelas da Coreia, Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em sua caminhada educacional, passou pela formação em mediação de Educação, Arte e Cultura e curadoria de arte da Escola do Olhar do Museu de Arte do Rio. Atuou na Companhias de Teatro: Castelo Branco – UCB, Renato Prieto, Contrabando de Teatro e No Palco da Vida em espetáculos como Os Meninos da Rua Paulo, Cantos do Brasil, Hippe, A Casa Tomada, Nada Me Aflige, Encontros Impossíveis, A Morte é uma Piada 2, Anti Nelson Rodrigues.  É mestre na Universidade das Quebradas PACultura Contemporânea Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Psicossociologia da Saúde, licenciado em Letras e estudou Direito na UniverCidade. Escritor e poeta da Festa Literária das Periferias (FLUP), entre outros coletivos de arte, educação e cultura. Autor do livro "Marcos e Marcos", um dos idealizadores, produtores e pesquisador da biografia "Chica Xavier, a Mãe do Brasil", organizou os livros "Olhar Poético - Bicentenário de In dependências" e "O Poder das Palavras - Independências Poéticas" a partir de oficinas de escritas criativas com cegos, população de rua, mulheres, idosos e jovens e adultos negros. Fundou o Negócio de Impacto Social Arte Faz Parte Arte Educação e o Centro Cultural Chica Xavier, com José Valdenir. Também teve passagens pela TV e cinema, e atualmente está como coprotagonista do filme “Quando lembro de Chico”, disponível no Amazon Prime. No mês da Educação, nosso entrevistado, com experiência na arte de educar e comunicar, seja aprendendo ou ensinando, nos prestigia com seus conhecimentos para trabalharmos com uma comunicação mais humanizadora. Afinal, todos nós somos protagonistas de nossa própria história.

Gecom: Em 2008, você criou o Negócio de Impacto Social Arte Faz Parte Arte Educação e no ano seguinte já era apresentador do Programa Rio Cultural, na Rádio Rio de Janeiro. Como essa experiência na rádio contribuiu para o seu empreendimento social e outros projetos?

Victor Meirelles: Apesar de nunca ter imaginado que seria radialista, para mim foi um ótimo desafio articulado pelo João Pedro (apresentador do programa, na época). Estar neste veículo de comunicação, para mim, foi mergulhar em um mar de trocas constantes. A cada braçada e tomada de fôlego entre as entrevistas era uma onda de conhecimento e uma gigante rede que ia se construindo e promovendo um arrastão de conexões, que formavam e ainda formam correntezas de oportunidade. E neste navegar, tive o prazer de me banhar de vários profissionais da comunicação, arte, educação, saúde, um verdadeiro desaguar de todas as regiões, Ferreira Goulart, Ana Rosa, Renato Prieto, Nicete Bruno, Dhu Moraes, Dha Gama, Robertinho Silva, Wanderson Lemos, Fábio Deluca entre tantos em 10 anos de programa. Foram nessas ondas de rádio que fiz e faço várias parcerias que colaboraram e colaboram com os nossos projetos.

Victor criou o Negócio de Impacto Social Arte Faz Parte Arte Educação e é um dos fundadores do Centro Cultural Chica Xavier. / Divulgação


Gecom: Uma de suas principais ações é o combate ao bullying nas escolas e, para isso, você une arte, educação e comunicação. Como essas linguagens se conectam neste seu propósito?

Victor Meirelles: Quando colocamos à mesa um assunto de um paladar tão forte, pesado e um tanto difícil de engolir e que pode causar sérias congestões ao longo de uma vida, precisamos de um tempero e de uma mão de arte e uma mistura de educação afetiva, para tornar uma refeição mais leve e de sabor mais palatável. Então, o teatro, literatura, música e a poesia podem ser ótimos aliados para de forma lúdica nos conectarmos aos alunos e discutirmos sobre situações e assuntos que os atravessam pela trajetória educacional, que os levam ao sofrimento. E em meio a risos e diversão falamos sobre a importância do cuidado que devemos ter uns com os outros. E assim, por meio de uma comunicação não violenta, da educação antirracista e da beleza, potência e poesia, da arte em todas suas formas do fazer, em uma trabalho vivo, em ato e arte nas salas de aula são possíveis e eficazes as linguagens no processo de cuidado e na promoção da conscientização, prevenção e combate ao bullying e à violência nas comunidades escolares.

Gecom: O que você recomenda aos profissionais de comunicação que trabalham ou queiram trabalhar em ONGs com arte e educação, para divulgar suas causas e fortalecer a instituição?

Victor Meirelles: Acredito sempre em todas as formas de troca, capacitação, qualificação, aprendizagem. Conhecer e estar disponível a se relacionar com novas formas de fazer e que, sim, podemos nos divertir falando de algo sério, podemos tratar de assuntos chatos dando boas risadas. E se lançar como uma flecha e entender que sua trajetória pode atravessar o tempo e percorrer outras existências e possibilidades de promover boas mudanças.

O arte-educador fez de seu projeto de vida um ativismo, incentivando a leitura e debates como bullying e diversidade, em subúrbios e periferias do Rio de Janeiro. / Divulgação




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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Design: desafios e sua importância para o Terceiro Setor

Karina Silva é designer e CEO na Agência Hey Karina Silva. Divulgação

Criatividade, dinamismo, capacidade de escutar o outro e se colocar como um "megafone" para outras vozes, podem ser considerados os pilares de um profissional de design que pretende trabalhar no Terceiro Setor.

Karina Silva é designer e CEO na Agência Hey Karina Silva com formação em Design Gráfico e Web Design, pela Zion Escola de Entretenimento (Duque de Caxias), Empreendedorismo (Unicesumar) e High Ticket (Wonder Maison).

Ela nos conta como essas características podem ser úteis no dia-a-dia de um designer trabalhando a Comunicação no Terceiro Setor.


Gecom: Como a formação acadêmica na área de design colabora para o profissionalismo da Comunicação no Terceiro Setor?

Karina Silva: A principal função do design é solucionar um problema. Logo, a formação entra para impulsionar e alavancar estratégias nas atuações do terceiro setor. Podemos dividir o design em algumas formas: o design gráfico, o web design (mais voltado para sites) e o design thinking. No contexto do terceiro setor conseguimos encaixar de forma mais implacável o design thinking. Os design thinkers produzem soluções que geram novos significados e estimulam os aspectos humanos, contribuem para que equipes possam compreender e identificar as problemáticas vivenciadas dentro da organização.


Karina é designer com experiência no Terceiro Setor e usa a criatividade para solucionar problemas de comunicação mas ONGs. / Divulgação


Gecom: Conte sua experiência como designer no Terceiro Setor.

Karina Silva: Por ser designer do terceiro setor, tive a oportunidade de poder ficar por dois anos fazendo trabalhos voluntários de forma mais ativa. Viajei pelos estados do Brasil conhecendo histórias, utilizando a criatividade para solucionar problemas, criando comunicação visual e estruturas para ONGs e igrejas. Acredito que o mais marcante foi um projeto contra tráfico humano e cuidado com mulheres. Por falta de visibilidade e conhecimento, não sabemos que precisamos ouvir algumas vozes e, como designer, essa foi a minha função, ser um megafone para algumas vozes.


A designer incentiva os futuros profissionais a desbravarem o mundo sem medo para que possam desenvolver a criatividade. / Divulgação

Gecom: Em sua opinião, quais os desafios e sugestões para as instituições de ensino na formação de novos designers, principalmente para aqueles que desejam trabalhar no Terceiro Setor?

Karina Silva: Coloquem seus alunos em prática. O que aprendi, a bagagem que acumulei em dois meses de trabalho voluntário foi muito maior do que os anos de graduação, apenas pelo fato de ter que realmente fazer acontecer. 

O maior desafio que enfrentei foi ter a segurança de tomar as rédeas de um projeto, em ter confiança. Apesar de saber exatamente o que deveria ser feito, justamente por não ter tido a prática de forma mais ativa, tive medo e, por isso, algumas grandes oportunidades foram perdidas.

Instituições, invistam na prática para seus alunos. Não ensinem apenas a teoria, ensinem como sobreviver no mercado.

Futuros designers, olhem o mundo. Desbrave. Não tenha medo. Criatividade não é um dom. O fato de você resolver problemas, mostra que você é criativo ainda mais com pouco recurso. O terceiro setor precisa de você. Ele conta com você. Te convido a ser um megafone para que vozes abandonadas comecem a ser ouvidas.




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